A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é uma queixa relativamente comum entre pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica. Após a operação, o organismo passa por diversas mudanças — como a rápida queima de gordura e a adaptação alimentar — que podem favorecer o surgimento de um odor desagradável na boca, especialmente nos primeiros meses de recuperação.
Essa alteração no hálito pode ser causada pela produção de corpos cetônicos, substâncias liberadas durante o processo de queima de gordura, comum no pós-operatório da bariátrica. Além disso, a boca seca, muitas vezes provocada pela menor ingestão de líquidos ou mudanças na alimentação, contribui para a formação de odores indesejados. É importante lembrar que esses fatores são normais em algumas fases do tratamento, mas podem ser controlados com a orientação adequada.
As causas da halitose não se limitam apenas às mudanças pós-cirúrgicas. Problemas na higiene bucal, infecções na garganta, doenças da gengiva, refluxo gastroesofágico e uso de certos medicamentos também podem influenciar. Por isso, é essencial que o paciente bariátrico tenha acompanhamento médico regular para identificar a origem do problema e agir rapidamente.
O tratamento da halitose envolve estratégias simples, mas muito eficazes: manter uma boa hidratação, cuidar da higiene bucal (incluindo a limpeza da língua), seguir corretamente a dieta orientada pela equipe de saúde, além de realizar consultas regulares ao dentista e ao médico especialista. Em alguns casos, ajustes na alimentação e o uso de produtos que estimulam a produção de saliva podem ser recomendados.
Com acompanhamento especializado, é possível controlar a halitose e garantir que o paciente se sinta bem em todas as fases do tratamento. Mais do que cuidar do hálito, o objetivo é assegurar qualidade de vida, saúde e bem-estar durante todo o processo de emagrecimento.