Intolerância ao Glúten: como cuidar e quando procurar um especialista

A intolerância ao glúten é uma condição que afeta muitas pessoas e pode causar diversos desconfortos gastrointestinais. Diferente da doença celíaca, que é uma reação autoimune grave com potencial de lesar as paredes do intestino delgado, a intolerância ao glúten (também chamada de sensibilidade não celíaca ao glúten) não provoca danos estruturais no intestino, mas pode impactar significativamente a qualidade de vida do paciente.

Essa condição ocorre quando o organismo reage negativamente ao glúten — uma proteína presente no trigo, centeio e cevada — sem, no entanto, apresentar os marcadores imunológicos típicos da doença celíaca. Os principais sintomas incluem dor abdominal, inchaço, gases, diarreia ou constipação, além de sintomas mais gerais como fadiga, dor de cabeça e irritabilidade. Esses sinais costumam aparecer após o consumo de alimentos que contêm glúten e tendem a melhorar quando a ingestão é reduzida ou suspensa.

Os sintomas podem ser persistentes e atrapalhar a rotina do paciente, impactando sua alimentação, sono e bem-estar emocional. Por isso, mesmo sendo considerada uma condição menos grave, merece atenção e acompanhamento adequado.

O tratamento mais indicado envolve a redução ou exclusão do glúten da dieta, de acordo com a intensidade dos sintomas. Algumas pessoas conseguem conviver bem com uma ingestão controlada, enquanto outras precisam retirar completamente essa proteína do cardápio. É fundamental que essa mudança alimentar seja orientada por um especialista, evitando restrições desnecessárias ou deficiências nutricionais.

O médico especialista em aparelho digestivo tem um papel fundamental no diagnóstico e acompanhamento da intolerância ao glúten. Ele irá avaliar o histórico clínico do paciente, solicitar exames específicos (para descartar doença celíaca e alergia ao trigo) e indicar o melhor plano de cuidados.

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